terça-feira, 25 de maio de 2010

‘Depois das flores, as pedras’ — nos campos de futebol

COMO a maioria dos garotos brasileiros, criei-me jogando futebol em qualquer terreno baldio, ou no meio da rua. Os astros do futebol daquela época eram os nossos ídolos. Tornar-se jogador profissional era meu grande sonho. Assim, aos 13 anos, quando me mudei com a família para o Rio de Janeiro e fomos morar perto do Estádio do São Cristóvão, fiquei ‘radiante de alegria’.

Depois de alguns anos, comecei a despontar como bom jogador de ataque. Mas, em 1958, pouco antes dum jogo importante, ficamos sem goleiro. “Heitor Amorim, você é o mais alto”, disse o treinador. “Você será o nosso goleiro.” Assim começou minha carreira qual jogador solitário debaixo do travessão, o jogador que jamais pode falhar.

O tempo passava, enquanto eu dividia meu tempo entre a escola e os treinamentos no campo de futebol. Em 1963, fiquei emocionado ao ser convocado para a Seleção Olímpica Brasileira. Naquele ano, ganhamos o campeonato pan-americano, em São Paulo. Isto me valeu um convite para jogar no famoso time do Corinthians, de São Paulo, e não pensei duas vezes antes de aceitar a oferta. Assim, deixando o emprego e a faculdade de engenharia, mudei-me para São Paulo a fim de dar atenção indivisa ao futebol profissional.

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