segunda-feira, 26 de abril de 2010

TER UM ALVO NA VIDA É PROVEITOSO PARA NÓS. Todos os esportes têm certos alvos ou objetivos. Como exemplos, no beisebol, os participantes procuram correr na pista para percorrer certa distância o mais rápido possível, e no basquetebol, fazer a bola entrar na cesta. Sem alvos específicos e sem tentar alcançá-los, qual seria o objetivo?
Da mesma forma, a vida sem metas não tem finalidade, não consegue nada. Certifique-se, pois, de que tenha metas, dignas, para que orientem seu uso do tempo e da energia.
A DETERMINAÇÃO PRODUZ RESULTADOS. Mais de 60.000 vozes aplaudiram. A ocasião? As Olimpíadas de 1960 em Roma. Uma corredora de cor, Wilma Rudolph, de 20 anos, acabava de ganhar sua terceira medalha de ouro. Ela, talvez melhor do que qualquer outro atleta presente, era uma prova viva do valor da determinação. Durante cerca de um terço de sua vida jovem, sua perna esquerda paralisada a impedira de caminhar, muito menos de correr. Mas ela estava decidida a superar o seu obstáculo. Os exercícios a ajudaram, bem como o conselho de sua mãe: “Faça o melhor que puder, e, acima de tudo, jamais desista.” Wilma nunca desistiu, e a sua determinação surtiu efeito.
Quando você se vê confrontado com contratempos ou quando fica desanimado por causa de suas próprias inaptidões, desiste da corrida da vida, ou continua na sua determinação de atingir seu alvo? Pense só em quão melhor seria o mundo se, ao invés de admitir a derrota, os casais continuassem decididos a fazer de seu casamento um sucesso, se os pais continuassem decididos a criar seus filhos adequadamente e se cada um de nós permanecesse decidido a promover a paz.
OS QUE OBEDECEM ÀS REGRAS SE SAEM BEM. Um jornalista descreveu os esportes como “o melhor meio já inventado para ensinar os humanos a obedecer a regras, mesmo quando a conquista é muito importante”. Na verdade, todo tipo de esporte tem regras. Se um jogador ou seu time não as obedecer, impõem-se penalidades. No hóquei sobre o gelo, por exemplo, um jogador pode ter de passar algum tempo na área de pênalti. Poderia significar derrota.
Todos nós desejamos ser vencedores na vida. A desconsideração das regras da sociedade quanto aos tratos com os outros pode fazer com que prováveis vencedores se transformem em perdedores certos. As agências para fazer cumprir a lei poderão punir os infratores, talvez até mesmo prendendo-os num lugar mais restrito do que apenas numa área de pênalti.
A CONDUTA ESPORTIVA PROMOVE O RESPEITO PRÓPRIO. Willye White, atleta norte-americana de salto em distância, achou que sua principal rival fora injustamente eliminada da competição nos campeonatos de 1965. Dando um excelente exemplo de conduta esportiva, ela apelou para as autoridades e conseguiu fazer com que a moça fosse readmitida. O resultado? Sua rival a venceu e White perdeu o campeonato. Mais tarde, ela disse: “Eu estava tão desejosa de ganhar como qualquer outra pessoa, mas de que proveito me seria ganhar [injustamente]?”
Um estudante que usa de fraude nos exames, um homem de negócios que obtém desonestamente restituição de impostos, ou uma pessoa que ganha uma reputação por trás de uma máscara de hipocrisia estão desconsiderando os princípios do jogo honesto. Quem engana os outros rouba de si mesmo o respeito próprio, e, por conseguinte, engana acima de tudo a si mesmo.
O AUTODOMÍNIO CONDUZ AO SUCESSO. Björn Borg, campeão de tênis, é conhecido pelo seu grande autodomínio. Ele explica que o autodomínio é imperativo a fim de se conseguir a devida concentração. E, conforme qualquer atleta o sabe, a mais breve falta de concentração pode custar-lhe o jogo. Mas é uma lição que Borg admite que teve de aprender. Quando era criança, se comportava mal. Seu clube o suspendera, e sua mãe havia trancado no armário sua raquete durante cinco meses. Ele diz agora: “Desde o dia em que terminou aquela suspensão, não importa o que acontecesse, eu me comportava bem na quadra.”
O autodomínio nos habilitará a nos concentrar nas tarefas realmente importantes da vida, não nos deixando desviar do rumo certo desnecessariamente. Não gastaremos nosso tempo, nossa energia e nossas habilidades em empreendimentos tolos ou em hábitos maus.
A PERSEVERANÇA VENCE. Os esportes amiúde requerem grande perseverança física. Por exemplo, Eric Heiden, cinco vezes ganhador da medalha olímpica, disse sobre corrida de patinação: “A pessoa acha que daria a vida para poder suportar. As costas ficam doendo tanto que faria tudo para sair dessa posição agachada.”
Está disposto a perseverar para alcançar metas dignas na vida? Pessoas jovens talvez tenham de deixar de lado certos confortos e a sua liberdade para obter uma boa educação. A pessoa que vive segundo os princípios da Bíblia talvez tenha de suportar maus tratos dos outros.
A COOPERAÇÃO SERÁ RECOMPENSADA. As equipes esportivas frisam a cooperação. Grange, o “Fantasma Galopante”, ex-astro do futebol americano, relembra que sempre se sentia embaraçado quando as pessoas o elogiavam. Ele disse: “Gostaria que as pessoas entendessem que são necessários onze homens para compor um time de futebol.”
O mesmo princípio se aplica a outras áreas da vida. Não é o cônjuge que coopera para o bem comum, ao invés de competir com seu companheiro ou sua companheira para obter vantagem pessoal, que ganha o amor e o respeito?
O EQUILÍBRIO É A CHAVE DA VITÓRIA. Esportes, como a ginástica, ensinam-nos a necessidade de equilíbrio.
Seja lembrado, porém, que os esportes podem também causar-nos dano. Podem fazer com que sejamos muito competitivos, decididos a ganhar a qualquer custo. Os esportes que exigem contatos mais violentos podem brutalizar os participantes. Seria também imprudente devotar excessivamente tempo e energia aos esportes. Não são o melhor meio de aprender estas lições importantes para a vida — eles só servem para ilustrar os princípios.
Henry Carr, um ganhador de medalha de ouro nas Olimpíadas de 1964, encontrou o melhor modo: estudar a Bíblia, associar-se com os verdadeiros cristãos e moldar a sua vida segundo a Palavra de Deus. Portanto, ao desistir dos esportes profissionais e se tornar um cristão dedicado, Carr disse: “Os esportes são bons — no seu devido lugar.”

Lições que você pode aprender dos esportes



ELE parece arrebatado, encurvado na cadeira, o corpo tenso e os olhos grudados na tela de TV. É o campeonato e seu time favorito está jogando. Só falta um minuto, que pode ser decisivo. Ele escorrega pouco a pouco até a beirada da cadeira, de punhos cerrados e olhos fixos na tela.
Nesse momento decisivo, aparece a esposa no vão da porta e pergunta: “Meu bem, que tal meu vestido novo?”
Será que é preciso continuar?
Para muitos, os esportes os atraem por causa da ânsia de sentir emoção e suspense. Fornecem a emoção de se sair vencedor, quer diretamente, quer por pertencer a um clube. Podem ajudar a esquecer problemas, pelo menos temporariamente. Podem ajudar-nos a manter a forma, ou talvez, mais exatamente, a perder a nossa forma atual. Naturalmente, não são todas as pessoas que se interessam nos esportes. Entretanto, toda pessoa pode aprender alguma coisa deles. Que princípios podem os esportes ensinar às pessoas que não estão especialmente interessadas neles?

O bungee jump é um esporte em que a pessoa, presa a uma longa corda elástica chamada de bungee, salta de pontes, guindastes e até de balões de ar quente. O salto lhe permite cair em queda livre, até o ponto em que a corda estica completamente, sustendo a queda.

Pese bem as conseqüências

É razoável pensar seriamente nas possíveis conseqüências de pular de um guindaste, de saltar de um avião para fazer acrobacias no ar ou de fazer qualquer coisa que pareça excessivamente arriscada. Não vá simplesmente confiando no que ouve falar ou em histórias entusiásticas de outros jovens. (Provérbios 14:15) Obtenha os fatos.
Por exemplo, qual é exatamente o índice de acidentes de determinado esporte? Que precauções de segurança são tomadas? Um especialista diz sobre o mergulho autônomo: “[As pessoas acham que] passar da atmosfera para o meio aquático é perigoso. . . . Mas só é perigoso sem a devida instrução.” Portanto, você deve perguntar-se também: Que treinamento e equipamento são necessários para esse esporte? Há benefícios legítimos, como exercício, por exemplo? Será que possíveis riscos são incidentais, ou o objetivo primário do esporte é desafiar a morte?
Se o objetivo é desafiar a morte, você talvez devesse perguntar-se por que atividades de risco o atraem tanto. É apenas uma reação ao tédio ou ao estresse? Então, por que não encontrar uma maneira mais segura e mais prudente de lidar com esses sentimentos? O livro Teenage Stress (Estresse nos Adolescentes) diz que o envolvimento em atividades de risco é um “método perigoso e essencialmente ineficaz de lidar com o lado negativo do estresse”. — Note Provérbios 21:17.
Depois de fazer uma boa investigação — e de conversar com seus pais —, é bem provável que se conclua que seria melhor evitar esportes radicais. Seus pais talvez prefiram que você se envolva em atividades que por natureza parecem menos perigosas, como ciclismo, patinação, esqui e mergulho com respirador, para mencionar só algumas. É claro que mesmo atividades relativamente seguras podem ser perigosas quando não se tomam as devidas precauções.
Isso aconteceu com um grupinho de jovens, cristãos, que decidiu fazer uma caminhada. Eles saíram da trilha e começaram a escalar um trecho estreito de um penhasco íngreme. Em pouco tempo viram-se praticamente encurralados, sem poder ir com segurança nem para a frente nem para trás. Então o jovem que liderava o grupo ouviu um barulho súbito. Dois dos seus colegas haviam caído e morrido. Que tragédia!
Portanto, seja cauteloso! ‘Alegre-se na sua mocidade’, desfrutando a força e o vigor com que você foi abençoado. (Eclesiastes 11:9) Mas, antes de aceitar um convite para fazer algo arriscado, faça o mesmo que o jovem Brian. Ele diz: “Eu me pergunto: ‘O que Deus acharia disso? O que isso revelaria sobre minha atitude para com a vida que ele me deu?’” Pese os riscos, avalie suas motivações. A vida é preciosa demais para seguir outro critério.

O Treinamento Físico — É Útil?



Será que a Bíblia oferece alguma orientação prática no campo dos esportes?
Notemos em primeiro lugar o valioso conselho fundamental da Bíblia: “Seja a vossa razoabilidade conhecida de todos os homens.” (Filipenses 4:5) Isto indica de imediato um conceito equilibrado sobre todos os assuntos. Por exemplo, o apóstolo Paulo, no mundo grego orientado pelo atletismo dos seus dias, escreveu a um jovem cristão: “Procure se manter sempre em exercício espiritual. . . . O exercício físico tem algum valor, mas o exercício espiritual tem valor para tudo.” (1 Timóteo 4:7, 8, A Bíblia na Linguagem de Hoje) Outra tradução verte: “O treinamento físico traz benefício limitado.” — The New English Bible.
Se, pois, o benefício é limitado, é prudente dedicar-se aos esportes por tempo integral? Baseiam-se nos esportes os verdadeiros valores da vida? E que dizer se o esporte viola os princípios cristãos básicos, como ‘amar o próximo como a si mesmo’ ou ‘fazer aos outros aquilo que gostaria que lhe fizessem’? Que dizer se atividade extracurricular nos esportes significa associação desnecessária com pessoas que não aplicam princípios cristãos? Irá isso minar a espiritualidade? Não é verdade que Primeira Coríntios 15:33 responde Sim? — “Não sejais desencaminhados. Más associações estragam hábitos úteis.”
Embora os esportes como recreação proporcionem “benefício limitado”, a pessoa precisa estar apercebida de possíveis perigos quando são levados muito a sério. A Bíblia fornece orientação nesse respeito: “Não fiquemos egotistas, atiçando competição entre uns e outros, invejando-nos uns aos outros.” (Gálatas 5:26) Nosso artigo precedente mostrou como a incrementada competição pode conduzir à violência. Um espírito excessivamente competitivo tira muito do prazer do jogo, visto que a meta final, vencer, se torna a única coisa importante.
Outras traduções desse texto dizem: “Não procuremos a glória vã.” (Lincoln Ramos) “Então não precisaremos mais andar em busca de honras e de popularidade.” (O Novo Testamento Vivo) Os jovens são atraídos pela ilusão do sucesso nos esportes. Sonham em tornar-se o astro, o vencedor, ganhar destaque. Para a grande maioria, é um sonho impossível. Para os poucos “favorecidos”, o preço é elevado, amiúde terrivelmente elevado. Darryl Stingley, ex-jogador de futebol americano dos E.U.A., sabe isso bem demais. Em resultado de ter sido agarrado mortalmente em agosto de 1978, desde então está paralisado do pescoço para baixo.
Heitor Amorim, ex-astro do futebol brasileiro, põe em foco a questão, dizendo: “Não se deve jamais esquecer que é um número insignificante os poucos que se tornam astros e obtêm todas as honras que acompanham o sucesso. Para cada um que ascende à glória há milhares que sofrem frustração. Abandonaram os estudos, fracassaram no esporte e daí lhes restou — o quê? O desprezo. Ninguém quer saber hoje de um perdedor.”
Portanto, em essência, qual é o melhor conselho a seguir quanto aos esportes? Deixemos que o ex-jogador australiano de futebol americano, Peter Hanning (um profissional de 1964-75 do Swan Districts), responda a essa pergunta: “Meu conselho aos jovens é: Desfrutem seu exercício físico. Os esportes são uma recreação que os conservarão sadios e felizes como passatempo. Mas o esporte profissional é outra história. Exige compromisso que exclui tudo, exige uma dedicação completa. E o preço que se paga é elevado — todas as relações, quer com as pessoas, quer com Deus, têm de sofrer. A pessoa se torna parte de um mundo autônomo de bajulação, imoralidade, inveja, orgulho e avareza. E corre o constante risco de ser vítima de ferimento incapacitante. Ou, talvez pior ainda para alguém que tem consciência, o de ferir gravemente outra pessoa. A lista de ferimentos que eu sofri inclui um braço quebrado, fratura no nariz (quatro vezes) e no osso da maçã do rosto, remoção da cartilagem do joelho, ferimento nas costas e concussão duas vezes. E, em comparação com alguns, eu me saí bastante bem!”
Portanto, embora seja verdade que “a glória dos jovens é a sua força” (Provérbios 20:29, Versão da Imprensa Bíblica Brasileira), deve-se também lembrar que as relações na vida não se baseiam na força, mas na sabedoria. Portanto, recreie-se com seus esportes de modo contrabalançado. Deixe que sirvam de diversão, mas nunca lhe sejam uma obsessão. Deixe que o revigorem, mas nunca o dominem.

Envolvimento Contrabalançado

É claro que os pais devem ter interesse na recreação de seus filhos, mas seu envolvimento deve ser contrabalançado e construtivo. Conforme explicou Bobby Orr, astro do hóquei sobre o gelo: “Meu pai nunca me pressionou a jogar. Eu jogava hóquei porque eu gostava de jogar.” Vincent Chiapetta, treinador de atletismo em Nova Iorque, disse a respeito de sua atitude para com seu filho: “Embora eu estivesse no atletismo, não tentei forçar meu garoto a correr. . . . Eu assistia a seus jogos porque ele era meu filho e eu tinha responsabilidade. Mas, quando vi que o treinador fazia pressão nos garotos, eu lhe disse que ia retirar meu filho. Fiz questão de dizer-lhe que vencer não era a única coisa para mim. Afinal, um jogo é apenas um jogo.”
E que acham as crianças quando mamãe e papai se juntam a elas em algum jogo informal ao ar livre? Rick Rittenbach, que era um dos seis filhos da família, relembra: “Como éramos seis crianças, muitas vezes jogávamos uma partida de beisebol com bola macia, ou de voleibol. E sei que todos nós nos divertíamos quando mamãe e papai se juntavam a nós. E está claro que eles também se divertiam. Tenho a certeza de que foi um dos muitos fatores que ajudaram a manter nossa família unida.”
A participação nos esportes pode ser um tônico para toda pessoa, independente da idade. Mas as crianças, especialmente, consideram a recreação como ponto alto, e, quando é conjugada com uma boa relação com os pais, os benefícios se multiplicam. Tem-se assim uma família feliz, sadia e unida. Mas qual é a chave para tal situação? O equilíbrio. A recreação ou os esportes devem ser um passatempo, não uma competição mortal ou um campo de batalha divisório.

Os esportes e a família — um conceito equilibrado

Esportes — Por Que Cresce a Violência?
“ESTA mulher veio correndo, gritando obscenidades. Eu me dei por vencida. Ela me deu pontapés e me arranhou.” A resposta da outra: “Eu fui lá e esta mulher me deu um soco, e eu dei um pontapé nela, mas ambas erramos o alvo. Sinto ter errado. Eu faria de novo.”
Bem, de que se tratava? Será que se tratava de uma partida de luta feminina corpo a corpo? Não, era uma briga de duas mães canadenses numa partida de futebol de seus filhos de 10 anos.
Isto talvez ilustre um dos problemas que algumas crianças têm nos esportes — seus pais. Segundo escreveu certa mãe sobre a participação de seu filho na Liga Infanto-juvenil de beisebol: “Nós presenteamos isso a nossos meninos como um regalo, um privilégio . . . E nós é que ficamos empolgados com isso. Impusemos nossos próprios sentimentos competitivos nesses pobres garotos, daí ficamos sabendo que jogavam beisebol não para seu próprio prazer, mas para nos contentarem.”
Na Austrália, “crianças de apenas cinco a seis anos estão sendo forçadas a uma atmosfera esportiva de grande tensão e competição, não obstante a posição oficial em muitas organizações — o rúgbi, o futebol e o críquete, que não devem começar antes dos 10 ou 12 anos”. O dr. W. W. Ewens, em Nova Gales do Sul, disse que a evidência era “razoavelmente conclusiva de que psicológica, fisiológica e socialmente as criancinhas não estavam preparadas para a prática de um esporte grande”.
Então, por que é que pais e treinadores fazem tanta pressão nas crianças? “Os pais ultrapassam os limites quando se excedem em identificar-se com seus filhos, ou tentam ocupar o lugar deles”, disse o dr. Leonard Reich, psicólogo de crianças em Nova Iorque. “Para alguns pais significa uma mudança, um retorno aos dias de sua juventude.” O único problema é que tendem a usar critério adulto nos jogos de seus filhos. O resultado é que, em vez de divertir-se, divertir-se, divertir-se, a meta é vencer! vencer! vencer!

São realmente arriscados?

Qualquer que seja o atrativo, os esportes radicais podem ser perigosos. ‘Atravessar a rua também’, alguns argumentam. Mas atravessar a rua não é o mesmo que deliberadamente buscar perigos ou emoções. E, embora muitos esportes, como o bungee jump, tenham antecedentes de segurança razoavelmente bons, as coisas podem sair errado. O Dr. Mark Bracker diz sobre isso: “Em muitos desses esportes de alto risco, quando algo sai errado, pode ser um desastre. Quanto maior a emoção, geralmente maior o risco, quer seja no pára-quedismo, quer no vôo de asa-delta, ou ainda no motociclismo.” Ao praticar o bungee jump, um jovem de 20 anos saltou de um balão de ar quente a 58 metros de altitude. O problema? A corda tinha 79 metros de comprimento! Sua morte foi terrível.
É claro que algumas atividades, como o motociclismo, podem ser praticadas com relativa segurança e moderação. Mas um especialista em medicina esportiva diz o seguinte sobre caçadores de emoções: “À medida que aperfeiçoam suas técnicas, ficam cada vez mais ousados, e terminam sofrendo um acidente.” Um jovem admitiu: “Estou viciado. Agora é mais difícil alcançar aquele nível de medo e a euforia.”

O que há de tão atraente?

“Experimento qualquer coisa que me deixe apavorado”, diz o jovem Norbert. “Gosto de todos os esportes — beisebol, basquete —, mas fiquei apavorado quando saltei duma ponte! É incrível!” O jovem Douglas concorda. “Os esportes comuns são legais, mas são previsíveis”, diz ele. “A gente está sempre restrito. Gosto da sensação de estar caindo. E a velocidade . . . A gente nunca tem essa sensação em outros esportes.”
Os esportes radicais vão além de desafiar sua capacidade atlética; eles o põem face a face com a morte! Os praticantes parecem gostar da euforia causada pela descarga de adrenalina. Alguns especialistas dizem que certas pessoas estão geneticamente programadas para ser do tipo que procura emoções. No entanto, a maioria dos jovens se envolve em algum tipo de atividade de risco; é seu jeito de testar limites e criar autoconfiança.
Infelizmente, os jovens nem sempre usam de bom critério nisso. “A beleza dos jovens é o seu poder”, diz Provérbios 20:29. Mas alguns parecem achar que seu poder é ilimitado. O Dr. David Elkind diz que os adolescentes muitas vezes acham que “são especiais e inigualáveis — que estão isentos das leis de probabilidades que atingem os outros. O que mais contribui para os adolescentes decidirem arriscar-se é acharem que são especiais, que estão envoltos num manto de invulnerabilidade”. O Dr. Robert Butterworth diz algo semelhante: “Quando você faz uma coisa como pára-quedismo acrobático, isso lhe dá a sensação de desafiar as probabilidades, de controlar seu próprio destino.”
No entanto, pode ser também que motivos mais sombrios estejam por trás do desejo de arriscar-se. No seu livro Childstress! (Estresse Infantil!), a escritora Mary Susan Miller indica que muitos jovens ousados correm riscos tolos porque simplesmente não conseguem lidar com as tensões da vida. Assim, os esportes radicais talvez revelem tendências autodestrutivas ou até suicidas. “Eles deliberadamente se colocam em situações perigosas”, diz Miller, “como se desafiassem o destino, negando-lhe a oportunidade de matá-los”.

É apropriado arriscar-me em esportes radicais?

“SERÁ o momento mais aterrorizante da sua vida”, alguém lhe diz, enquanto você treme na plataforma. Começa a contagem regressiva: “Cinco, quatro, três, dois, um — PULA!” A queda lhe tira o fôlego. Você despenca, achando que a morte parece certa, mas de repente sente o puxão abrupto da corda elástica. Uma estimulante sensação de alívio o envolve. Você sobreviveu!
É o bungee jump. Calcula-se que esse esporte já atraiu, só nos Estados Unidos, de um a dois milhões de praticantes. É apenas um dentre muitos esportes que recentemente ganharam grande popularidade em pouco tempo: escalada em rocha, vôo de paraglider (mistura de pára-quedas e planador), rafting (descer corredeiras num bote inflável) e surfe aéreo, para mencionar apenas alguns. “A década de 90 é a década dos esportes radicais”, diz um patrocinador de bungee jump.
Atividades arriscadas não são exclusividade dos ricos. Pessoas que buscam emoções na cidade aventuram-se em façanhas perigosas (e ilegais) como surfar em elevadores (andar de elevador na parte de cima da cabina em movimento), correr pelo sistema de dutos de grandes edifícios, surfar em metrôs (pegar carona em cima de vagões em movimento) e “mergulhar” em escadarias (deslizar em escadarias cobertas de graxa).

Conceito equilibrado

Para nós e para os outros, os esportes e jogos com fins recreativos devem ser revigorantes — não deprimentes. Podemos fazer isso mantendo as coisas na devida perspectiva, lembrando-nos de que nosso valor para Deus e para nosso semelhante nada tem a ver com nossas habilidades nos esportes ou em jogos.
Seria tolice permitir que se desenvolvam no nosso íntimo sentimentos de superioridade por causa de nossa capacidade física ou mental. Evitemos, portanto, a tendência imprópria e mundana de chamar atenção para nós mesmos, para não provocar inveja nos outros, pois o amor não se gaba. (1 Coríntios 13:4; 1 Pedro 2:1) E embora seja razoável esperar fortes emoções, explosões de entusiasmo e parabenizações entre membros do mesmo time, não queremos que essas manifestações fujam ao controle e se tornem exibições espalhafatosas.
Jamais devemos medir o valor dos outros por sua aptidão esportiva e em jogos. Também não devemos nos subestimar se não tivermos jeito para esportes. Significa isso que seria errado contar pontos? Não necessariamente. Mas devemos nos lembrar do quanto qualquer jogo é insignificante — o verdadeiro valor das pessoas não depende do seu desempenho nos esportes. Nos jogos de equipe, alguns trocam os jogadores de cada time regularmente para que não seja sempre o mesmo time a vencer.
Os cristãos também devem ter em mente que, embora os esportes e os jogos sejam mencionados na Bíblia, só são mencionados de vez em quando. Seria errado concluir que a mera menção de esportes na Bíblia constitui aprovação para a prática de todo e qualquer esporte. (Compare 1 Coríntios 9:26 com o Salmo 11:5.) Também, Paulo comentou que “o treinamento corporal é proveitoso para pouca coisa, mas a devoção piedosa é proveitosa para todas as coisas”. — 1 Timóteo 4:8.
Em seu devido lugar, os esportes e os jogos podem ser agradáveis e revigorantes. A Bíblia não condena toda forma de competição, mas a competição que atiça a vaidade, a rivalidade, a ganância, a inveja ou a violência.

Quando a competição vai longe demais

O que o apóstolo Paulo queria dizer, então, a concristãos quando lhes falou para não ‘atiçarem competição entre uns e outros’? (Gálatas 5:26) A resposta encontra-se no contexto. Paulo precedeu essa declaração dizendo-lhes que não ‘ficassem egotistas’ ou, como outras traduções da Bíblia vertem, não ficassem “orgulhosos”, “convencidos”, “ávidos da vanglória”. A busca de fama e glória prevalecia entre os atletas dos dias de Paulo.
Assim, também, no mundo vanglorioso de hoje, cada vez mais atletas gostam de se exibir e de chamar a atenção para si e para suas habilidades. Alguns chegam a diminuir os outros. Sarcasmo, culpar ou acusar outros e linguagem degradante estão rapidamente se tornando a norma. Tudo isso seria “atiçar competição”, levando ao que Paulo se referiu na parte concludente de Gálatas 5:26: a inveja.
Na sua pior forma, a competição desequilibrada leva a lutas e até à morte. Veja o encontro entre os homens de Saul e os de Davi, em Gibeão, quando Abner e Joabe concordaram em ‘que os moços se apresentassem e se exibissem diante [deles]’. (2 Samuel 2:14-32, Tanakh) Isso parece referir-se a um torneio de luta entre categorias. Não importa qual tenha sido o tipo de luta, ela logo se degenerou em combate acirrado e sangrento.

A história dos esportes e jogos

A prática de esportes e de jogos datam dos tempos antigos e têm sido uma constante através da história — inclusive na história do povo de Deus. A palavra “bola” até aparece na Bíblia. Em Isaías 22:18, ao mencionar as denúncias de Jeová Deus contra os iníquos, ela diz: ‘Enrolar-te-á bem apertado, como uma bola.’ Atualmente, algumas bolas — como as de golfe e beisebol — ainda são feitas enrolando-se o tecido bem apertado. A versão Almeida da Bíblia traduz o mesmo versículo do seguinte modo: ‘Far-te-á rolar, . . . como se faz rolar uma bola.’ Para que essa analogia fosse significativa, as bolas devem ter sido usadas pelas pessoas que viviam naquele tempo.
Na Bíblia há também o caso do patriarca Jacó lutar com um anjo. Essa narrativa parece pressupor alguma prática anterior de Jacó, visto que a luta não teve vencedor e durou horas. (Gênesis 32:24-26) Curiosamente, segundo alguns eruditos, a narrativa pode indicar que Jacó tinha conhecimento de regras de luta. Os israelitas provavelmente também praticavam arco e flecha — outro esporte que requer prática e habilidade. (1 Samuel 20:20; Lamentações 3:12) Correr era outro esporte atlético para o qual os homens da antiguidade se exercitavam e treinavam. — 2 Samuel 18:23-27; 1 Crônicas 12:8.
Jogos de raciocínio — como, por exemplo, propor enigmas — era evidentemente popular e muito apreciado. Talvez o mais notável exemplo disso seja o enigma que Sansão propôs aos filisteus. — Juízes 14:12-18.
Nas Escrituras Gregas Cristãs, os esportes e os jogos eram às vezes usados como metáforas da vida cristã. Por exemplo, em 1 Coríntios 9:24, 25, Paulo cita o regime de treinamento vigoroso dos atletas e o aplica à necessidade que o cristão tem de autodomínio e perseverança. Também, é claro que Jeová dotou boa parte de sua criação de um veio brincalhão, pois tanto o homem como os animais encontram tempo para brincar. — Jó 40:20; Zacarias 8:5; note Hebreus 12:1.

É errado competir em esportes?

DOIS idosos sentados num parque num dia ensolarado jogam damas. Perto dali, ouvem-se os sons de crianças gritando e correndo, brincando de pega-pega. Não muito longe, um grupo de rapazes se divertem jogando basquete. Em toda parte, todos os dias, jovens e idosos divertem-se com esportes e jogos. A maioria dos participantes procura dar o seu melhor. Talvez você também.
São erradas essas formas de competição amigáveis? Muitos conhecem a admoestação do apóstolo Paulo em Gálatas 5:26, que diz que os cristãos não devem ‘atiçar competição entre uns e outros’. Em vista disso, seria impróprio os cristãos competirem em esportes e jogos com fins recreativos?
Dito de forma simples, não. Por que não? Antes de responder a essa pergunta, vamos dar uma breve olhada na história dos esportes e jogos.

A Pressão dos Colegas

Os educadores com freqüência elogiam as oportunidades que o esporte oferece de cultivar relacionamentos bem achegados com os colegas. Ironicamente, é esta mesmíssima oportunidade que representa um problema para os jovens cristãos. A Bíblia diz: “Más associações estragam hábitos úteis.” — 1 Coríntios 15:33; 2 Coríntios 6:14.
Francamente, que tipo de companheirismo você provavelmente terá num vestiário do time? Admite um jovem: “Ouviam-se muitos palavrões e linguagem baixa. Os rapazes sempre falavam de garotas e traziam livros pornográficos para ficarem vendo.” Ademais, criar e manter o espírito de equipe exige que se misture socialmente com os colegas do time antes e depois dos jogos, e nos treinamentos.
Na verdade, pode ser possível pertencer a uma equipe e não se envolver socialmente. Mas, como admite uma adolescente de 14 anos: “A pressão dos colegas é forte demais para que você simplesmente jogue e volte para casa.” A Bíblia pergunta, assim: “Pode um homem juntar fogo no seu seio sem se queimarem as suas vestes?” (Provérbios 6:27) Pressionados por seus colegas, alguns jovens, quando se deram conta, já estavam em festas em que se consumiam bebidas alcoólicas e tóxicos, para não se mencionar música degradante e situações comprometedoras com o sexo oposto.
Considere a experiência de um jovem chamado Roberto. Diz ele: “Depois de passar a pertencer ao time, os problemas se tornaram enormes. Havia uma tremenda pressão para que eu me envolvesse com sexo pré-marital, com tóxicos, com bebidas alcoólicas, e freqüentasse festas da pesada. Eu simplesmente não podia crer que tais coisas pudessem estar ligadas à participação nos esportes, na escola secundária. Na quadra, bem como fora dela, espera-se que você ande, fale e aja como os demais rapazes.”
Tampouco se deve desperceber o efeito que a participação nos esportes poderia ter sobre sua rotina de atividades espirituais. (Hebreus 10:23-25) “Não raro, os jogos e os treinos coincidiam com as reuniões cristãs”, afirma o jovem Geraldo.

O “Lado Obscuro”

A revista Seventeen informa: “Existe um lado obscuro nos esportes, onde as pessoas atribuem tremendo valor à vitória. Para um treinador, vencer poderia levar a uma promoção ou a aparecer na televisão. Para um genitor, vencer poderia significar ter motivos de jactar-se, ou um senso substituto de realização. Para o atleta, vencer poderia significar ofertas de bolsas de estudos, ser mencionado nas notícias, ter a admiração dos colegas e dos vizinhos.”
Alguns atletas estudantis também sonham em se tornar atletas profissionais. “Eu sonhava em jogar nos campeonatos municipal e estadual, e, por fim, nos times profissionais”, disse o jovem Geraldo. “Via a mim mesmo ficando rico, anunciando muitos produtos, sendo colocado no Museu da Fama, tornando-me um modelo para outros imitarem e saindo com a garota mais linda da escola.”
Não é de admirar, então, que a participação nos esportes, em muitas escolas, seja quase uma urgência de vida ou morte! A diversão e a aptidão física ficam em segundo plano. Como prosseguiu dizendo a revista Seventeen: “Subitamente, vencer sobrepuja as preocupações com a honestidade, com os deveres escolares, com a saúde, com a felicidade e com a maioria dos demais aspectos importantes da vida. Vencer passa a ser tudo, e a pressão aumenta.”
Uma vez prevaleça esta atitude de vencer a todo o custo, não é surpresa que um dilúvio de contusões aflija as competições atléticas nas escolas. A violência por parte dos atletas, dos torcedores e até mesmo dos pais, às vezes acompanha os jogos. E o emprego de drogas que melhoram o desempenho do atleta, tais como os esteróides, está-se tornando amplo até mesmo entre atletas adolescentes.
Assim, ao passo que participar do time talvez lhe traga algumas vantagens limitadas, poderá também gerar um espírito por demais competitivo, fantasias de grande riqueza, e o desejo egotista de glória. Estas coisas são claramente opostas ao conselho da Bíblia de ‘não atiçar competição entre uns e outros’, de não amar o dinheiro e de não buscar glória pessoal. (Gálatas 5:26; Provérbios 25:27; 1 Timóteo 6:10) Participar do time da escola poderia muito bem expô-lo a influências nocivas, de forma bem intensa.

Por Que São Tão Populares

A grande popularidade dos esportes ficou subentendida nas palavras de um sábio da antiguidade, que disse: “A beleza dos jovens é o seu poder.” (Provérbios 20:29) Os esportes propiciam o emprego revigorante da força e das energias abundantes nos anos jovens da pessoa. Eles podem prover saudáveis desafios tanto para o corpo como para a mente. A participação nos esportes pode também ser animadora e divertida, sendo uma mudança da rotina dos deveres escolares e das tarefas depois das aulas.
Além disso, alguns argumentam que participar numa equipe esportiva contribui para a boa formação do caráter. Afirma o livro The High School Survival Guide (Guia de Sobrevivência na Escola Secundária), de Barbara Mayer: “O treinamento e o senso de dedicação que serão exigidos de você lhe ensinarão a empenhar-se por um alvo digno. . . . A participação nos esportes pode ajudá-lo a se tornar um líder.”
Nem todos os jovens, contudo, têm motivos tão nobres para praticar esportes. Glória, fama e prestígio são também poderosos incentivos. “Se pertencesse ao time”, relembra Reginaldo, “você era considerado um dos sujeitos mais admiráveis da escola.”
A Bíblia admite que “o exercício físico na verdade tem algum valor”. (1 Timóteo 4:8, A Bíblia na Linguagem de Hoje) E pertencer ao time da escola talvez pareça ser um meio de obter tal benefício. Todavia, muitos jovens verificam que as desvantagens de pertencer ao time da escola ultrapassam os benefícios.

Devo pertencer ao time da escola?

“Jogar era excitante e emocionante. Fazia com que eu me sentisse bem. Quando se é jovem e, por fim, acha-se algo em que realmente se é bom, não se deseja deixar de fazer isso.” — Roberto.
TALVEZ você também aprecie praticar esportes coletivos. Gosta do exercício, da camaradagem e da excitação. Talvez até mesmo sonhe em ser um herói, imaginando os gritos da torcida quando arremessa a bola para dentro da cesta (no basquete), quando pega a bola, ou quando faz um gol que dá a vitória ao seu time.
Seja qual for a razão de seu entusiasmo pelo esporte, muitos jovens o compartilham. Eles gostam especialmente de participar nos esportes coletivos, tais como futebol, futebol americano, basquete, beisebol, e hóquei. A revista The Education Digest comenta sobre os EUA: “Mais de 5,2 milhões de estudantes estiveram envolvidos nas competições de atletismo da escola secundária, durante o ano letivo de 1986-87, o maior número nos últimos quatro anos. Também, nos últimos 10 anos, as escolas secundárias acrescentaram novos esportes, muitos deles organizados para moças.”

Existe Uma Solução?

A violência nos esportes, tanto dentro como fora do campo, é hoje uma calamidade mundial. Toda sorte de solução para remediar está sendo sugerida e experimentada. Em muitos estádios em todo o mundo os torcedores são agora separados por um fosso, como animais selvagens num jardim zoológico. Em alguns estádios, os torcedores dos times adversários são limitados a diferentes áreas de espectadores. Enviam-se reforços de patrulhas de choque e radiopatrulhas. Algumas autoridades sugeriram leis e penalidades rigorosas contra os jogadores e os espectadores violentos. Os esportistas até mesmo são a favor de banir certas ações violentas em alguns esportes, como no hóquei sobre o gelo. “Mas os donos dos times, temendo o impacto que isso poderá ter sobre a venda de ingressos, nunca tomaram ação.”
Está claro que o cavalheirismo e o jogo limpo não podem ser legislados no coração e na mente das pessoas. Têm de ser ensinados como parte integral de um modo contrabalançado de vida. Mas, é isso possível? Em caso afirmativo, como pode isso beneficiar a você e a seus filhos? Que se pode fazer para que os esportes sejam uma atividade recreativa sadia e não um ordálio de ‘vida ou morte’?

Por Que a Violência dos Espectadores?



Os exorbitantes salários e prêmios dos esportes atualmente criaram uma segunda causa motivadora da violência. De que modo? O espectador paga um preço elevado para ver o desempenho de profissionais altamente pagos. Em resultado, exige perfeição todo o tempo. Não se tolera falha ou que não esteja no seu dia. Esse processo foi bem explicado pelo professor John Cheffers, da Universidade de Boston, E.U.A.: “Há uma diminuição [perda] essencial de respeito pelos jogadores que são considerados pelos fãs dos esportes como sendo pagos demais, às vezes birrentos e certamente estragados. Por conseguinte, organizar profissionais dos esportes como focas que fazem proezas, esperando perfeição em toda tentativa, desumaniza-os e faz com que sejam mercadoria aos olhos da direção e do espectador.”
Qual é a conseqüência lógica desse processo? A violência dos espectadores. Mas, por que deveria ser assim? Bem, o que faz quando compra um artigo defeituoso num supermercado? Você se queixa com o gerente ou o fabricante e espera ser compensado. E como se queixa num estádio se a jogada não for boa? Visto que não há um canal oficial para compensação, os torcedores desapontados irrompem em espontânea violência.
Nas últimas duas décadas, a violência dos espectadores tem sido causada por mais dois fatores — as drogas e as bebidas. Muitos torcedores chegam aos estádios já bêbedos ou drogados, ou quase assim, e trazem mais cerveja e maconha para os sustentarem até o fim do jogo. Ao se desenrolar o jogo, as multidões se tornam turbas agressivas, desaparecem as inibições, e a manchete no dia seguinte é “Violência Irracional”.
A violência dos espectadores atingiu tais níveis na Europa que muitos países não querem certos torcedores nos seus jogos. “Torcedores da Inglaterra, não voltem mais!” dizia a mensagem da Basiléia, Suíça, depois de os torcedores da Inglaterra causarem tumulto nessa cidade calma da Suíça. As pessoas no centro da cidade de Barcelona, Espanha, estremeciam ao pensar nos torcedores do Rangers, de Glasgow, Escócia, que causaram terror nas suas ruas em 1972. O fato de estar piorando a situação é atestado por um torcedor inglês um tanto embaraçado, que disse: “Tenho viajado para assistir aos nossos jogos no estrangeiro por 13 anos e vi ficarem cada vez piores. Agora, vadios [desordeiros] das áreas como Chelsea, West Ham e Manchester estão vindo só para agressão. Eles nem mesmo assistem aos jogos.”

Por Que Aumentou a Violência?

“Treinadores, torcedores, meios de comunicação.” Estes se tornaram principais fatores da violência nos esportes. Fazem vigorar entre eles a lei da oferta e da procura. Os torcedores querem ação e emoção. Essa é a procura. Os treinadores são amiúde empregados pelos magnatas dos negócios que querem que suas empresas floresçam financeiramente. Isso significa que precisam contentar os torcedores. De modo que os treinadores são pressionados a satisfazer a demanda pública. Do lado de fora, os meios de comunicação, especialmente a televisão, juntam-se, ora para exaltar, ora para condenar a violência.
Faz alguns anos, Vince Lombardi, técnico do time de futebol americano Green Bay Packers, expressou sua filosofia sobre esportes na seguinte frase que agora se tornou comum: “Vencer não é tudo; é a única coisa.” Certamente, não foi ele quem originou a idéia. Ele simplesmente sintetizou em poucas palavras a mentalidade prevalecente nos esportes profissionais.
Mas, por que é tão importante vencer? A acima mencionada reportagem fornece a resposta: “As universidades [nos E.U.A.] fazem investimentos de multimilhões de dólares nos seus programas atléticos da Divisão I (grande parte para atletas bolsistas) por muitas razões, não sendo a menos importante delas o potencial de enormes lucros decorrentes de times bem-sucedidos de futebol e de basquete.”
Os grandes negócios e grandes lucros são a chave da questão. Os esportes geram dinheiro como nunca antes. A luta entre Sugar Rey Leonard e Thomas Hearn, em setembro de 1981, “foi de per si o mais rico evento esportivo da história, com uma esperada renda total bruta de $ 37 milhões [Cr$ 7,4 bilhões]”. Recentemente, oito jogadores de beisebol, nos E.U.A., assinaram contratos “que variam entre $ 500.000 [Cr$ 100 milhões] por ano e $ 926.000 [Cr$ 185 milhões] por ano”. Fernando Valenzuela, o famoso arremessador mexicano de bola no beisebol, dos Dodgers de Los Angeles, ganhou alegadamente de Cr$ 60 milhões a Cr$ 100 milhões numa só temporada só em fazer comerciais de produtos. Segundo o diário argentino La Nacion, o clube de futebol Boca Juniors depositou o equivalente de Cr$ 200 milhões em “pagamento da primeira quota para comprar definitivamente Diego Armando Maradona”, um dos astros do futebol argentino. Uma notícia da Austrália diz: “Agora o céu é o limite, e o futebol se tornou um grande negócio, tendo cada um dos 12 clubes da Associação Vitoriana de Futebol um movimento anual de cerca de $ 1 milhão [de dólares australianos, equivalentes a Cr$ 202 milhões].”
Qual é o resultado final do envolvimento de grandes negócios nos esportes? Incrementada violência. Por quê? Porque os esportes exigem atualmente enormes lucros, provenientes de seus espectadores e dos canais de televisão. Isso significa que o consumidor precisa ser convertido em viciado nos esportes para garantir que constantemente entre dinheiro. Como se consegue isso? Fornecendo o que o freguês pede — emoção. E a emoção significa geralmente violência. Assim se cria o ciclo da manutenção própria. Os treinadores têm de ensinar e exigir violência, porque os fãs (do inglês fans, abreviatura de “fanáticos”) querem isso. E os magnatas dos negócios querem seus lucros. E os meios de comunicação, para aumentar suas próprias vendas, passam a fazer, ora adulações, ora acusações. Apanhados no meio desse círculo vicioso estão os jogadores que têm de apresentar a mercadoria — ação, emoção e violência.

Foram Afetadas as Escolas?

Com tal violência no nível do esporte profissional, é de admirar que atitudes similares se introduziram sorrateiramente nos níveis colegial e universitário? Marvin Vickers, de 24 anos, corpulento, de Nova Jersey, jogava futebol americano para sua escola de segundo grau em North Brunswick e recebeu propostas para jogar no nível universitário. Que diz ele sobre a violência nos esportes escolares? “Os treinadores nos ensinaram a fazer jogo sujo. Por exemplo, quando sabíamos que um adversário havia machucado as costelas, então a ordem era: ‘Esmurrem-lhe as costelas machucadas!’ De fato, se não feríssemos dois ou três da turma deles, não era realmente um jogo.”
Mesmo no nível da escola de segundo grau, o ódio e a violência são incutidos nos jovens. Fred F. Paulenich, professor de universidade e escola de segundo grau, escreveu: “Ensina-se aos jovens a ferir, a defraudar, a fazer vítimas para o deus da Vitória. Os treinadores mostram aos times de escola de segundo grau e de universidade filmes violentos para prepará-los psiquicamente para os adversários.”
Dave Schultz, jogador canadense de hóquei sobre o gelo, famoso pelo seu estilo briguento de jogar, disse recentemente: “Peço desculpas aos jogadores jovens que viram meu estilo ou jogo e o usaram como modelo. . . . Eu jogava assim porque todos — treinadores, torcedores, meios de comunicação — pareciam esperar isso de mim.”
Este último comentário nos leva logicamente à pergunta a seguir.

Tem a violência Aumentado?

Stanley Cheren, professor adjunto de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston, E.U.A., escreveu recentemente: “À medida que a população se torna mais experiente na violência, aumenta a necessidade de violência mais extrema para satisfazer o desejo de estímulo violento. . . . As pessoas pagam fortunas para ver outras pessoas ser feridas. . . . Ela aumenta ao passo que as pessoas ficam cansadas de uma coisa. Na década de 1930, as pessoas ficaram chocadas de ver, na tela, James Cagney dar uma bofetada numa mulher. Hoje, isso não é nada; exigem-se atos de muito mais violência para emoção. . . . Portanto, não obstante o fato de os lutadores serem mortos no ringue, os torcedores queriam mais ação. . . . No nosso enfado, pressionamos as coisas a ponto de permitirmos que nossos atletas arrisquem a vida.”
Ilustremos isso com um esporte popular na América do Norte, o futebol americano (não confundir com o futebol propriamente dito). O futebol americano sempre foi reconhecido como sendo um esporte com contato físico, segundo o estilo do rúgbi britânico, mas até mais. Entretanto, nos tempos recentes, tornou-se norma praticá-lo com mais violência. O equipamento de proteção muitas vezes se torna arma de ofensiva. Por exemplo, os jogadores usam os capacetes de segurança, de plástico, duros como pedra, para converter suas cabeças em mísseis devastadores.
A violência do jogo é resumida pelos seguintes comentários do jogador profissional de futebol americano, Jack Tatum (Raiders de Oakland), na sua recente obra They Call Me Assassin (Chamam-me de Assassino).
“O futebol [americano] profissional é maldoso e brutal; não sobra muito tempo para sentimento.”
“Nunca intercepto alguém só para derrubar. Quero castigar o homem atrás do qual corro, e quero que ele saiba que vai doer toda vez que se puser no meu caminho.”
“Usei a palavra ‘matar’, e, quando golpeio alguém, procuro realmente matá-lo, mas não para sempre. Quero dizer que procuro matar o jogo ou a passagem, mas não o homem . . . a estrutura do futebol se baseia em castigar o adversário.”
“Gosto de acreditar que meus melhores golpes tocam as raias da tentativa de agressão criminosa, mas também tudo que faço é segundo o livro de regras.”
É significativo o comentário final de Tatum. Foi “segundo o livro de regras” que, com uma investida contra um homem para interceptá-lo, deixou este permanentemente paralítico. O que seria considerado tentativa de agressão criminosa em qualquer outro lugar é legítimo no campo de jogo. Não é de admirar que um escritor sobre esportes dissesse: “Com o uniforme vem a proteção das leis.”
Os comentários de Tatum não refletem a atitude de apenas um determinado jogador. Disse George Perles, assistente do técnico dos Steelers de Pittsburgh (futebol dos E.U.A.): “[O futebol] é uma vida muito, muito violenta, maldosa, agressiva, brutal, masculina.” O escritor William B. Furlong declarou num artigo para Times Magazine de Nova Iorque: “A vida no Pit, como é chamado o centro da linha [de escaramuça], sempre foi violenta, às vezes tão violenta como uma luta com faca num recinto escuro . . . [ela] amiúde inclui esmurrar, xingar, fazer saltar o olho, dar pontapés.”
Jerry Kramer, jogador da linha dianteira do time de futebol americano Green Bay Packers, escreveu no seu livro Instant Replay: “Comecei o dia decidido a ser duro e sério no jogo. É algo que não pode ser feito só no sábado e no domingo [antes do jogo]. Tem de ser feito começando na segunda ou terça [uma semana antes do jogo] . . . Desenvolve-se ira, daí ódio e o sentimento se torna cada vez mais forte até que no domingo as emoções estão tão tensas que a pessoa está para explodir. . . . Quando quero odiar alguém, procuro não olhar para o outro time antes do jogo . . . sinto que não o vendo posso odiá-lo um pouco mais.”
Esse mesmo espírito violento se manifesta cada vez mais no futebol. Heitor Amorim, ex-goleiro do Corinthians, de São Paulo, disse: “Abandonei o futebol em 1970, que naquela época estava em fase de transição. Estava mudando de jogo de habilidade para jogo de força. A arte e a habilidade começaram a dar lugar a violência. Acredito que, se Pelé [talvez o maior jogador de futebol de todos os tempos] jogasse hoje, não conseguiria vencer 50% nas maravilhosas jogadas que fez nos anos 60. A violência o impediria. E os torcedores a acompanhariam. Parecem gostar da violência.”
Mesmo nos esportes que outrora eram considerados a essência do jogo limpo e da conduta cavalheiresca, tais como tênis e críquete, a violência se introduziu — tanto a verbal como a física. O tênis era outrora o jogo de pessoas de boas maneiras que haviam aprendido a praticar a lealdade. Na última década, essa filosofia evaporou numa série de invectivas, acessos de ira e obscenidades da parte de alguns dos principais jogadores profissionais.

Por que a violência nos esportes?

Esportes — Por Que a Crescente Violência?
APARECEM abaixo apenas algumas manchetes nas páginas e nos editoriais esportivos de diferentes nações em anos recentes. Os esportes têm estado associados com a violência, tanto dentro como fora do campo de jogo. Mas por quê?

A Religião dos Esportes

  O canadense Tom Sinclair-Faulkner argumentou que “o hóquei [no gelo] é mais do que um jogo no Canadá: funciona, para muitos, como uma religião”. Isto representa bem a atitude demonstrada por muitos fãs dos esportes, não importa onde vivam.
  Por exemplo, os esportes nos Estados Unidos têm sido chamados de “religião secular positiva”. O psicólogo esportivo David Cox comentou que “existe uma porção de conexões entre os esportes e a definição de religião, fornecida pelos dicionários”. Há “pessoas que tratam os atletas como se fossem deuses ou santos”, acrescentou o Sr. Cox.
  Os torcedores fanáticos fazem grandes sacrifícios, devotando tempo e dinheiro ao seu esporte, não raro a um preço pago por sua família. Os fãs chegam a devotar incontáveis horas a ver eventos esportivos na televisão. Eles orgulhosamente vestem as cores de seus times e exibem publicamente emblemas esportivos. Entoam com ardor os hinos e gritam lemas que os identificam como devotos de seu esporte.
  Antes duma partida, muitos atletas até mesmo oram pedindo a bênção de Deus, e ajoelham-se em oração de agradecimentos depois dum gol. Na Copa do Mundo de 1986, um craque argentino de futebol atribuiu seu gol à mão de Deus. E, como alguns carolas religiosos, os torcedores fanáticos têm até sido chamados de “fundamentalistas dogmáticos”. Tal fanatismo tem levado a brigas sangrentas, às vezes fatais, entre torcidas rivais.
  Similar à religião falsa, a “religião secular” dos esportes tem seus “santos”, suas tradições, suas relíquias e seus rituais para seus seguidores ávidos, mas não acrescenta nenhum significado real ou duradouro à vida deles.

Problemas Relacionados com os Espectadores

Atualmente, as pessoas gastam mais tempo vendo eventos esportivos do que participando neles, e o resultado tem sido o aparecimento de problemas significativos. Por um lado, assistir aos jogos não raro envolve ficar exposto a comportamentos obscenos e até mesmo violentos da parte de outros espectadores. São comuns as brigas numa atmosfera emocionalmente carregada de alguns eventos esportivos e centenas de pessoas ficaram feridas e algumas foram mortas ao comparecerem a eles.
Mas, atualmente, a maioria dos espectadores não se acham fisicamente presentes aos eventos; eles os vêem na televisão. Nos Estados Unidos, um canal que transmite esportes 24 horas por dia dedica mais tempo aos noticiários esportivos diários do que qualquer das grandes redes dedica aos telejornais diários! Mas, será que ver eventos esportivos na privacidade do seu próprio lar é isento de problemas?
Longe disso! “Por anos a fio, meu marido conhece cada esportista profissional”, explica uma senhora, “e ele não é, de forma alguma, um caso isolado. Poucos são os amigos dele que não assistem a eventos esportivos com regularidade. O pior crime envolvido nesta atividade”, afirma esta senhora, “é a influência que ela exerce sobre as crianças”. Ela acrescenta: “Fico ressentida de que meu marido utilize seu tempo pessoal para ver eventos esportivos sem mostrar consideração para comigo ou para com os nossos filhos.”
Os fãs dos esportes não raro ficam desequilibrados em outros sentidos também. Eles comumente idolatram os jogadores, o que alguns dos próprios jogadores consideram um problema. “Quando entrei em minha cidade natal, as pessoas ficaram de pé ali e me olharam como se estivessem esperando bênçãos do Papa”, comentou Boris Becker, astro alemão do tênis. “Quando olhei bem nos olhos de meus fãs . . . pensei que estava contemplando monstros. Os olhos deles estavam parados, e não havia vida neles.”
Não há dúvida sobre isso, os esportes podem ser uma força magnética que gera excitação e fortes lealdades. As pessoas ficam fascinadas não só pelo trabalho em conjunto dos jogadores, e pelas proezas de craques, mas também pela incerteza do resultado da partida. Desejam saber quem vencerá. Ademais, os esportes oferecem a mudança de ritmo para milhões de pessoas que levam uma vida totalmente enfadonha.
Todavia, podem os esportes trazer felicidade às pessoas? Existem reais benefícios que eles possam prover? E como pode você evitar os problemas relacionados com eles?

Dinheiro e Trapaça

Outro problema com os esportes é que o dinheiro tornou-se o principal interesse. A ganância, em vez de o espírito esportivo e o fair play (jogo limpo), parece agora dominar os esportes. “Sinto relatar que a inocência dos esportes desapareceu por completo durante os anos 80”, lamenta o colunista Jay Mariotti, do jornal The Denver Post. “Estes pavoneiam-se nos anos 90 como uma força monstruosa em nossa cultura, uma indústria gigantesca de multi-trilhões de dólares (na realidade, de US$ 63,1 bilhões, a 22.a maior indústria dos Estados Unidos), que às vezes é melhor descrita como um negócio fraudulento.”
No ano passado, 162 jogadores de beisebol das principais ligas, nos Estados Unidos — mais de 1 em cada 5 deles — ganharam mais de um milhão de dólares cada um, sendo o salário máximo de mais de três milhões de dólares. Agora, um ano depois, mais de 120 jogadores receberão mais de dois milhões de dólares, inclusive 32 que receberão mais de três milhões de dólares, e pelo menos um que receberá, por ano, mais de cinco milhões de dólares, de 1992 até 1995! A busca de dinheiro e de altíssimos salários também se tornou comum em outros esportes.
Mesmo nos esportes universitários, muitas vezes se dá ênfase ao dinheiro. Os treinadores de times vencedores são sobejamente recompensados, chegando a ganhar até um milhão de dólares de salário e de promoções publicitárias. As faculdades cujas equipes de futebol americano se habilitam aos jogos de fim de ano, nos Estados Unidos, recebem muitos milhões de dólares — 55 milhões num ano recente. “Os times de futebol americano e de basquete precisam ganhar dinheiro”, explica o presidente duma faculdade, John Slaughter, “e eles têm de vencer para ganhar dinheiro”. Isto resulta num ciclo vicioso em que vencer se torna uma obsessão — com conseqüências desastrosas.
Visto que os empregos dos jogadores profissionais dependem de eles vencerem as partidas, eles, não raro, fazem praticamente tudo para vencer. “Não se trata mais de um esporte”, afirma o ex-astro de beisebol Rusty Staub. “É um negócio maligno, físico.” A trapaça permeia tudo. “Se você não trapacear, não está tentando vencer”, explica Chili Davis, um outfielder (defensor da grande área). “Você faz tudo que pode, se conseguir safar-se”, diz Howard Johnson, um infielder (defensor da área interna), do “New York Mets”.
Assim, mina-se a fibra moral e isto é um grande problema nos esportes universitários também. “Alguns treinadores e diretores de atletismo trapaceiam”, admite Harold L. Enarson, antigo presidente da Universidade do Estado de Ohio, “enquanto os presidentes e os curadores fingem não ver”. Num ano recente, 21 universidades, nos Estados Unidos, foram multadas pela Associação Nacional de Atletismo Universitário por terem cometido infrações, e 28 outras universidades estavam sendo investigadas.
Não é de admirar que os valores de jovens jogadores tenham sido destroçados, o que constitui outro dos principais problemas com os esportes, atualmente. É comum o consumo de drogas para melhorar o desempenho atlético, mas, com freqüência, pouco se faz para melhorar a formação universitária. Uma importante pesquisa confirma que os jogadores dos campi, alistados nos principais programas de atletismo, gastam mais tempo jogando seu esporte durante a temporada do que estudando e assistindo às aulas. Uma pesquisa federal também comprovou que menos de 1 de cada 5 jogadores chegou a se formar algum dia em um terço das faculdades e universidades americanas dotadas dos principais programas de bolsas de basquete para homens.
Mui freqüentemente acontece que, mesmo os poucos alunos que com o tempo alcançam êxito nos esportes profissionais e recebem bons salários, tornam-se figuras trágicas. Eles não conseguem cuidar de suas finanças e enfrentar a vida realisticamente. Travis Williams, que morreu em fevereiro último, pobre e sem abrigo, aos 45 anos, é apenas um exemplo. Em 1967, quando jogava no time de futebol americano dos “Green Bay Packers”, ele conseguiu um recorde ainda válido no futebol americano dos EUA, no rebate de chutes do meio do campo, uma média de 37,6 metros. Ele certa vez comentou que, enquanto cursava a faculdade, “jamais tinha de freqüentar as aulas. Apenas me apresentava nos treinos e nos jogos”.

Extrema Competitividade

Um problema relacionado, que acontece nos esportes atualmente, é a extrema competitividade. Não é exagero algum dizer que os competidores podem transformar-se, efetivamente, em monstros. Larry Holmes disse, quando disputava o campeonato dos pesos-pesados, que tinha de mudar ao entrar no ringue. “Tenho de deixar toda bondade fora dele”, explicou, “e trazer tudo que há de mal, como uma espécie de o Médico e o Monstro”. Os atletas adquirem uma compulsão obsessiva, no esforço de impedir que outros com igual talento os derrotem.
“É preciso ter dentro de si um fogo”, disse certa vez um ex-treinador de futebol americano, “e não existe nada que atice mais esse fogo do que o ódio”. Até mesmo o ex-presidente dos EUA, Ronald Reagan, disse certa vez, segundo alegado, a uma equipe universitária de futebol americano: “Você pode sentir um ódio limpo por seu adversário. É um ódio limpo, visto ser apenas simbólico, dentro da camiseta da equipe.” Mas, será realmente bom nutrir tal ódio pelo adversário?
Bob Cousy, ex-jogador e grande astro do basquete, da equipe dos “Boston Celtics”, expressou-se certa vez sobre sua tarefa de marcar Dick Barnett, um jogador que fazia muitos pontos para os “Los Angeles Lakers”. “Eu ficava sentado em meu quarto de manhã até à noite”, disse Cousy. “Eu só ficava pensando em Barnett, em parte repassando o modo de competir com ele e em parte cultivando ódio contra ele. Na hora em que entrava na quadra, eu estava tão inflamado que, se Barnett me dissesse ‘Olá’, eu provavelmente daria um pontapé nos dentes dele.”
O fato é que os jogadores com freqüência tentam deliberadamente contundir seus adversários para que abandonem a partida, e são recompensados por isso. Ira Berkow, cronista esportivo, disse que um jogador de futebol americano que consegue contundir um adversário, obrigando-o a abandonar a partida, é “abraçado e cumprimentado [pelos colegas de equipe] por uma tarefa bem executada. Se conseguiu aplicar bastantes desses golpes prejudiciais . . . ele é recompensado, no fim da temporada, com um

Problemas atuais com os esportes



AS PESSOAS costumavam argumentar que os esportes tinham seu valor porque aprimoravam o caráter. Afirmavam que os jogos promoviam o apreço pelo trabalho árduo, pelo espírito esportivo e pela alegria de participar. Mas para muitos, hoje em dia, tais argumentos soam “furados”, e até hipócritas.
A ênfase em ganhar constitui especialmente um problema. A revista Seventeen chama isto de “um lado obscuro dos esportes”. Por quê? Porque, para citar a revista, “vencer sobrepuja as preocupações com a honestidade, com os deveres escolares, com a saúde, com a felicidade, e com a maioria dos demais aspectos importantes da vida. Vencer passa a ser tudo”.
A experiência de Kathy Ormsby, estrela universitária das pistas de corrida dos EUA, foi usada para ilustrar as tristes conseqüências da ênfase excessiva nas consecuções atléticas. Em 4 de junho de 1986, algumas semanas depois de estabelecer um recorde nacional universitário, para mulheres, nos 10.000 metros rasos, Kathy desviou-se da pista, enquanto competia nos campeonatos da NCAA (sigla, em inglês, da Associação Nacional de Atletismo Universitário), correu para uma ponte próxima e jogou-se dali numa tentativa de suicídio. Ela sobreviveu, mas ficou paralítica da cintura para baixo.
Scott Pengelly, psicólogo que trata de atletas, comentou que Kathy não é a única. Depois da tentativa de suicídio de Kathy, Pengelly relatou: “Recebi telefonemas que diziam: ‘Acho que me sinto assim também.’” E outra atleta, Mary Wazeter, da Universidade de Georgetown, que tinha estabelecido um recorde nacional em sua faixa etária para a meia-maratona, também tentou suicidar-se por saltar de uma ponte, e ficou paralítica pelo resto da vida.
A pressão de vencer, de satisfazer as expectativas, pode ser tremenda, e as conseqüências do fracasso podem ser devastadoras. Donnie Moore, astro arremessador do time de beisebol “California Angels”, esteve a um passo de colocar seu time na disputa da “1986 World Series”. Mas o rebatedor da equipe de Boston conseguiu um home run (alcançou a base inicial), e essa seleção veio a ganhar o jogo e o campeonato da Liga Americana. Donnie, que de acordo com seus amigos ficara obsedado com seu fracasso, matou-se com um tiro.

Como os Esportes São Proveitosos



Como já comentamos, a Bíblia diz que o treinamento físico, tal como o praticado nos esportes, “é proveitoso para pouca coisa”. (1 Timóteo 4:8) Em que sentidos isto se dá? Como poderia você beneficiar-se dos esportes?
O médico grego do segundo século, Galeno, médico pessoal do imperador romano Marco Aurélio, destacou a importância do exercício para a saúde em geral. E ele recomendou jogos de bola, visto que estes exercitam o corpo todo, de modo natural. Jogos de bola também são, geralmente, divertidos de praticar, de modo que é mais provável que a pessoa participe em tais jogos do que em outros tipos de exercício.
Muitas pessoas verificam que os exercícios derivados dos esportes lhes dão uma sensação de bem-estar. Depois de estimulantes exercícios de ginástica ou algum jogo, sentem-se rejuvenescidas e revigoradas. Todavia, isto não deveria ser surpresa, uma vez que, como diz a Dra. Dorothy Harris, “o exercício é o melhor tranqüilizante da natureza”.
O exercício físico, tal como o provido pela ginástica, pela corrida rústica e por vários jogos é, em geral, reconhecido atualmente como importante para a boa saúde. “Pessoas fisicamente aptas realizam suas tarefas comuns facilmente sem se cansar e ainda dispõem de energia para outros interesses”, comenta a The World Book Encyclopedia (Enciclopédia da “World Book”). “Elas também conseguem resistir aos efeitos do envelhecimento melhor do que os que não são fisicamente aptos.”
Sem considerar, contudo, quão fisicamente apta uma pessoa possa tornar-se através dos esportes, seus benefícios são limitados. O envelhecimento e a morte não podem ser frustrados por esforços humanos. Todavia, depois de afirmar que “o treinamento corporal é proveitoso para pouca coisa”, a Bíblia declara: “A devoção piedosa é proveitosa para todas as coisas, visto que tem a promessa da vida agora e daquela que há de vir.” — 1 Timóteo 4:8.
Só  Deus, nosso Criador, pode dar-nos vida. Nada, portanto, é mais importante do que a “devoção piedosa”, isto é, a reverência, a adoração e o serviço prestados a Deus. Assim, aqueles que praticam a devoção piedosa terão, como sua prioridade, fazer a vontade de Deus. Eles se gastarão no serviço de Deus, usando sua juventude como Jesus Cristo usou, falando a outros as boas coisas sobre Deus e seu Reino.
Sim, por colocar em primeiro lugar os interesses de Deus, os humanos podem granjear o seu favor e obter a vida para sempre em seu justo novo mundo. Ali, o Deus feliz, , lhes concederá verdadeira e duradoura felicidade e contentamento.

Atitude Para com os Atletas

Manter os esportes em seu devido lugar também envolve nossa atitude para com os atletas talentosos e bem-conhecidos. É compreensível que admiremos suas habilidades atléticas e seus feitos surpreendentes. Mas, deveriam eles ser idolatrados? Vêem-se com freqüência os jovens exibindo pôsteres de tais atletas em seus quartos. Será que as consecuções de tais pessoas realmente as tornam dignas de honra? É possível que se dê exatamente o oposto.
Um novo jogador dum time que participou do campeonato da Liga Nacional de Futebol Americano de início via com admiração vários colegas. Mas ele disse que a conduta e a atitude deles “simplesmente fez sumir todos os sentimentos e todo o respeito que eu tinha para com eles”. Explicou ele: “Por exemplo, eles diziam: ‘Ei! Consegui ter relações sexuais com cinco garotas na semana passada, não incluindo a minha esposa.’ E eu olhava para tal sujeito e pensava comigo mesmo: ‘Então era esse o sujeito que eu idolatrava.’”
Realmente, é impróprio idolatrar a qualquer humano, e, isso se daria especialmente no caso dos que se sobressaem em atividades que a Bíblia diz que trazem pouco ou limitado benefício. Insta-se com os servos de Deus a que ‘fujam da idolatria’. — 1 Coríntios 10:14.

Que Dizer do Espírito Competitivo?

Para que os jogos esportivos sejam proveitosos, em vez de prejudiciais, é importante ter a atitude correta para com a competição. “Os treinadores, os instrutores de ginástica, os pais e os próprios jovens estão tão decididos a vencer que eles se esquecem daquilo que os esportes visam”, lamentava o médico de uma equipe profissional de hóquei. A finalidade dos esportes, disse ele, deveria ser “desenvolver um trabalho de equipe e a disciplina, adquirir aptidão física e, o mais importante de tudo, divertir-se”.
Infelizmente, porém, no caso de muitos, a ênfase em vencer acabou com o divertimento. O psicólogo esportivo Bruce Ogilvie comentou: “Certa vez entrevistei rookies [jogadores do primeiro ano] de 10 das concentrações temporárias de times de beisebol das principais ligas, e 87 por cento deles disseram que desejariam nunca ter jogado beisebol na Liga Menor, porque isso tirou a alegria daquilo que, antes, era um jogo divertido.” Um problema relacionado é que a extrema competitividade contribui para o elevado número de contusões.”
A Bíblia fornece orientações, dizendo: “Não fiquemos egotistas, atiçando competição entre uns e outros, invejando-nos uns aos outros.” (Gálatas 5:26) Segundo os léxicos greco-ingleses, a palavra grega aqui traduzida “atiçando competição” significa “provocar”, “desafiar para um combate ou competição com a pessoa”. Assim, An American Translation (Uma Tradução Americana), apresenta a seguinte versão: “Que nós, em nossa vaidade, não desafiemos uns aos outros.” E a nota de rodapé da Tradução do Novo Mundo, Com Referências, oferece a alternativa: “Compelindo uns aos outros a uma confrontação.”
É claro, então, que não é sábio suscitar competição. Não promove bons relacionamentos. Se você se vir levado a uma confrontação e for derrotado, e o vencedor se gabar do resultado, essa experiência pode ser humilhante. Uma atitude intensamente competitiva não é amorosa. (Mateus 22:39) Ao mesmo tempo, se a competição for mantida num nível amigável e brincalhão, pode contribuir para tornar um jogo interessante e prazeroso.
Alguns talvez desejem procurar meios de participar nos esportes de tal modo que se minimize o elemento competitivo. “Creio firmemente nos esportes pelos esportes em si até os 13 ou 14 anos”, disse um treinador inglês de futebol. Ele recomendou que não se controlassem os pontos e nem houvesse classificação alguma dos times — “nada de posições numa tabela classificatória, nem partidas finais”. Sim, a ênfase em vencer deveria ser devidamente minimizada ou eliminada por completo.

Manter os esportes em seu devido lugar



QUANDO as pessoas praticam seus esportes favoritos, elas se sentem contentes, à medida que seu corpo reage e consegue realizar feitos dum craque ou mostrar resistência. Deus nos criou para gostar da atividade física. Talvez ainda maior número de pessoas sinta prazer em ver os outros jogarem. Assim, os esportes são muito parecidos com tantas outras coisas que são boas, quando mantidas em seu devido lugar.
Para ilustrar: Quando as pessoas vão à praia deleitar-se em tomar sol, o que acontece se elas pegarem sol demais? Elas sofrerão dolorosas queimaduras que estragarão aqueles momentos agradáveis e até mesmo representarão graves riscos. O mesmo acontece com os esportes. Um pouco é bom, ficar exposto demais a ele pode ser prejudicial.
Os esportes podem ser excelente forma de descontração e de diversão; todavia, não deveriam ser um fim em si mesmos. Eles não trazem verdadeiro contentamento ou duradoura felicidade. Infelizmente, às vezes é preciso que haja uma tragédia para que a pessoa compreenda isso. “Todos os meus troféus e as minhas medalhas simplesmente não têm importância”, explicou Mary Wazeter, a atleta que pulou duma ponte e ficou paralítica.
“Aprendi muitas verdades sobre a vida”, relatou ela. “Uma delas é que não se obtém verdadeiro contentamento do jeito que tantas pessoas procuram a perfeição e altas consecuções. Não obtive contentamento por ter sido uma aluna que só tirava A [nota máxima], que ganhou um campeonato estadual de corrida ou por ter um físico atraente.”
Comentou o sociólogo John Whitworth, focalizando os assuntos sem rodeios: “No fim do jogo, tudo que se tem é uma lista de estatísticas. Tudo aquilo parece desprovido de raízes. No entanto, suponho que isso se ajusta bem à nossa sociedade.” A importância exagerada que se atribui atualmente aos esportes coloca tudo fora de perspectiva.
Depois de sua vitória na corrida de 200 metros rasos, na Olimpíada de 1964, Henry Carr explicou: “Ao voltar de carro para as Vilas Olímpicas, consegui contemplar deveras de perto, pela primeira vez, a medalha de ouro. . . . Perguntei de fato a mim mesmo: ‘O que realmente significa isto? Durante todos esses anos, tenho-me esforçado arduamente, e foi para receber isto?’ Fiquei com raiva, quando deveria sentir-me feliz. Foi um real desapontamento.” Marlon Starling sentiu a mesma coisa depois de vencer o campeonato de peso meio-médio da Associação Mundial de Boxe, em 1987. “O título”, comentou ele, “não se compara com meu filhinho me dizer: ‘Eu te amo, papai’”.
Assim, pode-se aprender uma lição vital: O trabalho produtivo, a família, e especialmente a adoração a Deus, deveriam corretamente ser prioritários. A Bíblia está certa ao dizer: “O treinamento corporal é proveitoso para pouca coisa.” (1 Timóteo 4:8) Isso indica o devido lugar dos esportes em nossa vida. Deve ser secundário. Visto que os esportes podem ser tão fascinantes, a pessoa tem de manter-se sempre alerta para não negligenciar as coisas mais importantes.
Sabiamente, portanto, mostre-se sensível à queixa dos membros da família, de que você devota tempo demais conversando sobre esportes, vendo eventos esportivos ou praticando esportes. Uma senhora cujo marido fez ajustes na atenção que dava aos esportes, comentou com gratidão: “Ele agora gasta mais tempo com os filhos e comigo. Às vezes nossa família assiste a um jogo pela televisão, mas, na maioria das noites, caminhamos juntos e conversamos sobre os eventos do dia. Isto é muito agradável e nos ajuda a manter-nos felizes.”
Em vista dos problemas em potencial, por que não encarar honestamente a pergunta: Poderia eu estar dedicando mais tempo e atenção aos esportes do que deveria? Todavia, existem outros aspectos relacionados com este assunto de manter os esportes em seu devido lugar.

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